Madrugadas lancinantes tenho passado,
com esgares de ausculta no dorso
e ceifeiros fiéis na minha espada,
logo estarei nas casas das fogueiras vivas,
nos altares sumários da execução.
Frio, faz frio quando durmo,
sonho que estou numa nevasca
sob o rio inclemente
que gela minhas tripas,
sou eu e meu cavalo,
um manga larga
que marcha
impassível,
estou na seara dos ódios mortais,
com notas de absinto
na flora avivada
do estro
que
fuma.
15/10/2017 Gustavo Bastos
Quem sou eu?
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