Demarcaram as terras,
vinte jardas de língua negra
no estio,
vinte côvados do templo
em que morre
a chama,
vamos que está tarde,
o sol já se põe,
peguem os potes de água,
os metros das casas,
os vasos de flores,
os papéis do contrato,
peguem os poetas da sarjeta,
lhes deem banho,
um prato de arroz,
demarquem as terras,
os palácios estão nus,
o faraó imaginado
é um césar, um czar
que vai do pó ao pó,
este poema, meus amigos,
é o pó da rosa mística
toda formosa
em fogo e vinho.
16/10/2017 Gustavo Bastos
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