A gente toda que se escora
nas estacas, com fogos
que não lamentam a queda,
gentes todas nas mansardas.
Estacas que cavam a terra toda,
vermelho do chão que sustenta
os corpos e os muques
dos operários,
vigas, metais, geometrias,
veios, sulcos, frêmitos,
o poema esculpe na goiva
com palmos medidos
como vozes e música,
o poema estala como estrela,
e revela o pavio da explosão
que os versos pintam,
a gente toda do mundo,
este mundo do abismo
que crê e descrê
na velocidade da luz.
16/10/2017 Gustavo Bastos
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