A taça, com o puro vinho,
adormece os sentidos
como um oceano de ócio,
no silente delírio
que mora no fundo
da alma,
um rio caudaloso
irrompe,
eu, filho do espanto e da glória,
me tenho todo como
um mártir de mármore,
um monge ou mago,
um bruxo ou santo,
um poeta gerado.
A taça mormente insaciável,
de seu ventre indômito
que respira álcool
e letargia,
me dá a sensação pura
do licor,
me lança ao infinito
do torpor.
25/10/2017 Gustavo Bastos
Quem sou eu?
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