O duro e claro poema,
que atravessa os cantos,
remete seu esquema
como um convés.
Dentro ou fora, o verso escança
suas sombras e luzes
como matizes,
corre à mão e à sorrelfa
como um canto repentino
que volteia ondas ou marcha
como pedra avante.
E, do linho ao óleo cru,
poema de todo gosto,
eldorado, pasárgada
e utopia.
E, como poema que é contrito,
passa como lema e livro
nas cores brutais do sonho,
e, como poema estulto,
sofre rima como paralaxe
da estrela que brota
na visão do páramo.
30/04/2017 Gustavo Bastos
domingo, 30 de abril de 2017
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