Cada centavo é um gesto
de matar a fome.
No ranho da cola de sapateiro
eis que hoje reina o crack.
Desce ao inferno menino,
ouça a grávida ávida
do cachimbo.
Eis martírio e dor,
flecha sedutora
do torpor.
Cada vida emana e se delicia,
avante nota dissonante,
somos mártires
atacados
por carrascos,
ouça o canhão e a tropa de choque,
ouça o grito de um homem nu
sob a tutela do governo,
estado de sítio,
febre dos calores
do asfalto,
cidade partida
no ranço social.
02/08/2015 Gustavo Bastos
A Hora das Fornalhas
Há um dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário