Plectro das redomas:
o domo metralhou
a minha flor.
À testemunha o giro das armas,
cortes de recintos
estilhaçados,
como o fragmento
pensata
balbucio
do poema.
Plangente o luar se escora
no ombro do vulto,
o vulcão dos sentidos
na noite da vitória,
os canhões impossíveis
da saraivada
do sol,
corto o punho na alma,
o pulo do corpo
faz responsório
com a vela funerária
da revolta,
A redoma em plectro
traz lira aos lírios
dos loucos,
e meu flutuar é mais justo
quando durmo.
Jaz o erro nas quedas,
compraz a fortuna
de todas essas eras.
E o claustro no qual me jogo,
é o mistério
que desnuda
meu fantasma
no ódio da orgia.
Sempiterno, o poeta
se refaz de todo o espanto
que ecoa das penas
mais duras
da existência.
15/05/2015 Ácido
(Gustavo Bastos)
A Hora das Fornalhas
Há um dia
Nenhum comentário:
Postar um comentário