Posso fazer das cartas
vultos com os futuros.
Posso abdicar do trono
das ruas,
das bestas-fera
que urram
com o vício.
Cartas anárquicas da maldita
dor, vozes flutuantes
que urram súplicas
em forma de sinfonia.
Posso calar toda a estrela
que avulta guia
dos perdidos.
A poesia, vício do futuro,
socorrerá os idiotas
mais instáveis
que o estúpido cupido
possa lancinar.
E teremos, em todas as formas
da ciência,
cartas verdes, alvarás,
licenciamentos,
como o grande negócio
de que a fortuna
sucumbe.
Sapiente, em versos módicos,
faz-se mansões.
15/05/2015 Ácido
(Gustavo Bastos)
A Hora das Fornalhas
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