O amor, com o caule viço
e permanência
dos olhos,
gera com seu laço
o corpo produzido
de seu ofício.
Reto, com o tino estreito
do controle,
como máquina sepulcral
que renasce
e avança.
Deito-me, ao lado dos livros,
como num cerimonial
enciclopédico,
como numa bacanal
que eclode
feito dionísio
quando os faunos
correm.
O amor mordaz planta
tempo e paciência,
restos do futuro
das cicatrizes
que à funda morte
o poema clama.
Deito-me com o poder.
Tenho o sono medíocre
dos valentes,
o dom visionário
dos cretinos.
E a flor qual plêiade,
nada faz
ao vinho,
este grande senhor
do cálice
que faz o elenco
dos prazeres.
15/05/2015 Ácido
(Gustavo Bastos)
A Hora das Fornalhas
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