A estrada sob a chuva
me leva ao caos da noite,
passo entre os potes de ouro,
vejo uma tumba nesta tempestade
de olhos na morte que espreita.
Os olhos se perdem na noite azul,
qual o corpo em fundo vermelho
que se esvai no mar do tempo
como uma flor que dança
com a maior dor do mundo.
Vai o vento ao norte de meu coração,
fala ao silêncio o estrondo de uma visão.
Cai o silêncio dentro d`alma na areia,
o trovão sobre a noite densa
braveja toda a raiva
do poema que derrama
como a tormenta
que se perde no mar,
meus ossos doem
de tanta água,
meus braços querem se soltar
e as pernas correm,
e meus olhos vidrados
se voltam
aos espelhos
quebrados.
08/12/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
Quem sou eu?
Há 2 semanas
Nenhum comentário:
Postar um comentário