Ai, que de pranto se fere a hora
e se matam os dias!
Quanto do meu poema verterei
para chegar à lua cheia?
Pontadas pontilhadas
no caminho da água,
no desdém das almas,
na vida calma, calculada.
Onde o rito de morte em meu ventre?
Onde a hora exata do poeta
no frio da dor?
Eu estou no cais com o vidro cortante
de meus instintos,
ouço o cadáver de meu sonho
como visão ouvida
de um alucinogênico
injetável.
Sempre a fuga da dor
nos leva,
sempre o poema de langor
nos enleva.
E a estrada é esta:
caminho descaminho
que de tanto andar
se afundou.
06/02/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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