Da sarça em fogo a mão do poeta
queima em verso na fuligem,
odor cinza semeia
o seu rugido.
Leve o poema em teu bolso,
lua cor de mel nas pernas,
nos ombros o fardo
das estrelas,
os pés fogem
como cometas.
O corpo funde-se à dor,
o nervo exposto
debulha
o céu,
seu fardo de estrelas
se chama abóbada,
uma matilha uiva
com o sabre dos
verdes campos
cortados
pelo fogo,
sarça salgada
na vida do pássaro
com o olho do universo
rondando
os pecados
e as ilusões.
Passa rente ao desejo
a morte
Leva em meu seio
a sorte
corre pelo palco
o teatro burlesco
acendo ascendo no proscênio
vulgar o meu sinal
sombra
sobra
soçobra
morde morde a morte
mortal fatal
feto
fato
feito
ardil
arde
morde
cospe
goza
êxtase
do
meu
silêncio
incenso
se
penso
em mim eu vivo dentro
06/02/2013 Êxtase
(Gustavo Bastos)
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