A pedra, empecilho do vento,
resiste à tormenta.
O osso, essência da carne,
remonta ao corpo.
Nas nádegas onde há bastante carne,
o remanso do cu do mundo.
Nada sei e nada saberei,
deste intestino do mundo,
deste bundo semi-círculo.
Duas aves se encontram
na teia,
a estória se tece
nesta estrada
do voo,
se encontra no voo
e nele sobe.
A pedra e o osso
esquecem o corpo,
já sem carne
jaz morto.
28/11/2012 Libertação
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 4 semanas
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