Sentimento esparso no
canto do rouxinol,
arrumei os afazeres
desta época lamentável,
os acordes soam
emocionais em demasia,
queria um ritmo bruto,
não uma flor.
Ossos quebram na voz do trovão,
com rosas demudadas
em visões extáticas,
alma em cantata viciada,
algo acontece na letra do céu,
um livro revira a noite astuta,
eu compro ingressos
para ver poesia falada
enquanto tomo
a bebida de brisa
no tomo final
da obra.
Quantos róseos violáceos
anuncia?
Quantos rumores sobre
a mídia no chão?
Energia vital é um bem
que não se dissipa à toa,
a vida regenera sem
ser só de estrelas,
mas de terra farta.
03/07/2012 Libertação
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 4 semanas
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