Entre cantos de vitória
em vão,
rasgo o poema num ato
de fúria,
sujeito e predicado
se partem
e se tornam
dois poemas
opostos,
de cada lado um osso,
um fêmur e uma mandíbula,
o caos e sua vida,
de cada lado
os dois sonhos,
um sujeito irritado,
e o predicado agonizando,
um verso ao meio
sem saber o porquê,
eu que canto e me espanto
com tal façanha,
um que ri e outro que chora,
um que nasce e outro que morre,
dois de um mesmo universo,
um para mim,
e outro para você.
11/07/2012 Libertação
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 4 semanas
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