Rochas no mármore,
em sonho, qual sangria,
pus-me a chorar
de claustro e fibras.
A nave, desorientada,
renascia sob o céu
antigo.
O mar, sedento de sal,
salgava a plenitude,
e a montanha, à beira
do sol,
emoldurava a pintura
de classe mortal.
Os tempos, recôncavos de vales,
entumesciam em festa pagã,
os parques e seus avelãs
exultavam da vinha nascida,
e o olor de sândalo
abria o olho místico
da fera que dormitava.
Virei a noite pelo inteiro poema,
fiz da semente ouropel
em folguedo.
As cores vivas
eram vívidas
de verão quente
no trópico e no mar.
26/05/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
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