Inverno, soldado morto,
enfurecido o seu frio
sem pena ao morticínio.
O tirocínio era simples,
fumar as ervas
para sonhar
a poesia,
gerar no florido delírio
ar de frios
que não são
além de mais
nada,
criaturas
do gelo.
Eu, sentindo a bruma
cair sobre minhas armas,
tornei-me refém
sob o sol rúbido
do outono.
Fizeram do coração soluçante,
uma dor enervante
de um rio caudaloso
que tem na foz
sua amplidão
que dissolve
no infinito
dos oceanos.
26/05/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 4 semanas
Nenhum comentário:
Postar um comentário