Pudendas carnes
ao vigor da estrela.
Karma sobre vidas
do estopim
de várias eras.
Como era a rubra saudade
em cântaros no dia
de meu funeral?
Como anda o tempo
em feroz momento?
Deixo a tristeza
em sua busca
de pinturas
sobre o negro
da noite.
Vejo o espadachim
em sua urdidura
para dentro
do peito
do algoz.
Luta feérica na testa
da poesia ao sol.
Sal e grito e lágrima
e sangue
no suor da carne.
Há dias que não vejo
a desonra do fel.
O vaticínio que se perdeu
foi o milagre
da visão
em tons brumosos
do fim do verão,
a paixão risonha
das almas
sem fim.
Pois a beleza se sentiu
traída.
Pois o mar foi bailar
com o sem fim
do horizonte
que nunca esteve
perto
de lugares
conhecidos.
Vai o vate
da arte
revolver
a lama
de dias
soturnos
na taciturna
guerra
dos corações
seviciados,
é a dor como
um pecado.
10/04/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
Adélia Prado Lá em Casa: Gísila Couto
Há 4 semanas
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