Venho de canto silvestre
orar pela chuva no sol
do meu desejo agreste
de cantar no arrebol
Venho sem fim até o nada
velejar no velame vetusto
encontrando o céu e a mansarda
pela noite qual veludo
Não via toda a queda da ânsia
pois forte vinha a poesia
dizer sem medo e sem jactância
que tudo no vinho eu veria
O verão caiu em sonho estrelado
da noite o iridescente chão
que num momento desejou o enfado
e depois restituiu a razão
Não há temporal ou tempestade
que me tire do meu encanto
já que vivo num dia de saudade
o passo firme do meu pranto
Encontro a certeza destes ares
derrotando vis langores de trevas
com a mão forte de todas as artes
contemplar o fulgor das relvas.
11/04/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
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