Poderá o sonho um dia ser livre?
Poderá a nuvem seguir o seu rumo?
Peçamos licença, senhores,
peçamos licença.
Mas não com educação,
e sim com vigor!
Peçamos licença,
mendiguemos
beneplácitos!
Sejamos firmes frente ao nada.
E de nada adiantará!
Permaneceremos endividados,
rotos e humilhados.
Perderemos todo o ouro da poesia
ao tempo das indefinições.
Permaneceremos com a dúvida
tão cruel como a morte.
E um dia dirão que ali
sempre esteve o poeta,
quão lúcida era a sua visão
e os seus versos.
Mas poderá ser tarde,
poderá ser em vão.
Peçamos licença, mas não,
não haverá beneplácitos,
seremos para sempre mentecaptos.
25/02/12 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
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