Dançam meus olhos
pelos olhares,
nunca estão sós,
estão comigo,
estão olhando,
mas nunca vêem.
Se olham demais,
é por que são
curiosos,
se um dia se perdem,
é por que
se afobam,
se não são cegos,
também não são
oniscientes.
Doce, meu amor, cedo
estará a linda manhã.
E amanhã não será nunca
senão o incerto,
pois o certo é o que
os meus olhos são,
pois cego é o desamor.
22/02/2012 A Lírica do Caos
(Gustavo Bastos)
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Há 5 semanas
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