Cruz fria, teu demônio ainda volve a lama.
Tão incendiada, cruz desdenhosa.
Rosa inflama,
E tanto verme no lodo afoga.
Alma de trevas, que volta das mansardas,
Que é amor e liturgia.
Donde as fadas cantam às asas
O bosque cruel da melancolia.
Natureza do pavor, fluida.
Onde o rio vai, em cada túmulo.
Infinito que é cruz e ruína,
Quando o demônio me dilacera lúbrico.
Dos espectros de dor às ocultas paixões,
De boca em boca à volúpia dos canhões.
Cruz que foi velada em vãs florescências,
Onde tudo é vago em auroras turvas,
Onde tudo é pasto sem quintessências,
Nas luas mortas das negras ruas.
Está aqui, teu prazer crucificado.
Procissão do inferno sagrado.
que louco!!muito bom
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