Os vinhedos vermelhos,
meu coração busca incessante
chama de prazer,
a balada é sinistra.
Com os olhos vidrados no espelho
de um mim que se perde,
não sou mais.
Eu escapo, solícito ao caos,
a alma não ri e nem chora,
o corpo é só uma referência
de que há espaço em volta,
a dimensão do pensamento
some como névoa.
Eu tomo o cálice,
desejos ficam estacionados
na leve canção mesmerizante,
o vinho desce às entranhas,
eu vou degolado pelo poema
renascer na divagação.
Estes ardis e esquemas,
estas reflexões,
não são mais que enfermidades
sob a pena.
Não sou mais que um poema.
04/09/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
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