Como se estivesse num chão qualquer,
vai um desamor desvairado,
um coração machucado,
que de vinhas morria
num quarto desarrumado.
Em qualquer mundo o azul é todo
o castelo de uma princesa delirante.
Eu acordei sozinho como numa piada
sem surpresa.
Eu abri os meus olhos
e andei pelo mato desalmado.
Pois o que eu mato sou eu
e o meu vagar,
deste que amo sem idolatrar,
deste que ando sem cochilar.
Ora, a princesa dos meus sonhos
é uma doce ilusão,
um colírio da imaginação.
Eu sou um reles bobo da corte
com um livro na mão.
Ainda que eu viva bastante,
não terei senão uma estrela brilhando
e iluminando este meu qualquer chão.
23/01/2010 Gustavo Bastos
Quem sou eu?
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