Em meu destino mora
uma infinita incógnita.
Quem sou eu por toda a eternidade?
Selvagem, uma criatura ímpar
como todas,
cheio das dores amargas
e dos doces enlevos
de uma vida
como todas.
Ora, onde deixei o rio caudaloso
invadir a minha memória?
Pois a minha vida é um rio vasto
que não acaba senão no mar
que é de um brilho verde e azul
que uns costumam
chamar de fúria
e outros de tudo amar.
A incógnita fatal é a minha morte,
apenas um norte numa névoa
de floresta indecifrável
em um plano geométrico
em que não há cálculo humano
que possa concebê-lo
sem vertigem.
Eu sou a pátria do meu sangue,
sou eu somente com a minha coragem,
sou eu e a minha espada,
pronto ao futuro.
12/01/2010 Gustavo Bastos
A Hora das Fornalhas
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