Terras das quais eu quero o ópio,
na nuvem que cobre a razão dos dias
sobra um entorpecimento feliz no oceano
de frente ao vasto solo
de liras e canções.
Terras desbravadas pelo moço
que escreve o próprio dia,
razão e certeza da vida que ele leva.
Uma menina, no seu canto,
declara amor à selva de viver,
funda em sua casa
o amor comum de sua feminilidade.
Outro dia qualquer eu também
encontraria a minha razão,
esta estaria perdida no mundo
como uma voz dispersa no infinito,
eu a traria de volta para mim
num suspiro desta viagem insólita
que é ter que viver
sem reclamar do tédio
e da cerveja,
uma vida plena e feliz
independente da solidão,
uma vida igual a do moço e da menina,
uma vida sempre viva para viver,
mesma canção de todas as outras
pelo caminhar dos meus dias,
sou feliz e pronto.
01/02/2010 Gustavo Bastos
Quem sou eu?
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