Se alguém perguntar por onde eu vou,
diga que estou atrás dos sonhos,
atrás da vida que se caça com vontade,
buscando uma ampla devoção
com a luz divina e o cálice sagrado
dos que desejam a bondade
em tudo e para a unção dos dias.
Vou por que tenho que ir,
não sou enigma e nem possessão,
meus tempos de loucura carnal
se foram com o último verão,
o que resta para amar
é a vida em sua pujança,
sou poeta que canta o sonho
de ser poeta.
A estrela que ilumina o meu caminho
é feita do saber que me orienta,
a filosofia perene dos dias que se vive
é a devota conversão ao deleite,
sou eu a minha travessia,
que de pouco em pouco
se diz alegria,
e num súbito voo
foge do abismo do pecado.
Se alguém me perguntar
quem sou eu e o que eu quero,
direi que sou do universo
e quero um amor sem mancha.
Se o tempo passar sem a luz,
veja que algo ficou por se viver,
pois o Altíssimo nos dá o archote
da sabedoria para que vivamos
e não pereçamos,
o humano é ente do divino,
e o ser do divino
é o claro enigma
do sonho de eternidade.
26/02/2011 Delírios
(Gustavo Bastos)
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