Política Nacional
Não há ajuste fiscal se não houver uma redução no custeio da máquina pública que, na tradição petista de governo, está inchada. E, na verdade, o corte de R$50 bilhões do orçamento federal de 2011 não contempla emendas e nem o custeio de despesas correntes. E, de outro lado, há um repasse do Tesouro p o BNDES p fomentar os investimentos, nada contra, é necessário, desde que haja planejamento na aplicação dos recursos. Creio que o governo Dilma, por sua vez, terá uma gestão mais racional do que o governo Lula, o período de medidas anticíclicas debelou a crise, mas agora o governo é obrigado a cortar no orçamento dos ministérios, já que não tem coragem de cortar nas despesas correntes da máquina pública. Lembrando que o PAC e as políticas de compensação social como Bolsa Família não serão atingidos nos cortes, a infraestrutura precisa de investimentos, já que a economia brasileira está em expansão, mesmo com medidas de contenção do crédito e da alta na taxa selic p controlar a inflação que, agora, pode arrefecer com uma possível desaceleração econômica e a estabilização dos preços das commodities.
Enquanto isso o Senado Federal discute e vota o novo salário mínimo de R$545,00, sendo que há inconstitucionalidade na regra de decreto. O decreto do Executivo p determinar o salário mínimo até 2015, de acordo com o cálculo da inflação do ano anterior mais o PIB de 2 anos antes do ano corrente p o reajuste é bom no sentido estratégico e de planejamento, mas é discricionário e torna uma questão legiferante em decreto, o que tira a função definida pela Constituição Federal de votar o salário mínimo em plenário antes de sua sanção pelo Executivo. Minha posição é a favor do saneamento das contas públicas, mas sou contra o decreto presidencial que desautoriza o Congresso de sua função.
Gustavo Bastos 23/02/2011
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