Devemos voltar aos salões deste inferno bíblico. Os móveis e as ilustrações dos senhores, e dos jovens que roubavam. Os ídolos são as quimeras. A Razão e a Filosofia se enobrecem sem teologia. Os santos vencem, mas perdem seus rebanhos. Qual mistério é mais miserável que este? Lembranças de um passado de sofrimentos, das guerras dos grandes líderes de nossa aventura. A mística não é mais a herança!
“É preciso fugir! Logo! Que venham às nossas prisões, os avatares.”
Deixo os símbolos, tais orgias, para os que deles se servem como execução. A fome da loucura é senhora de si, mais que a própria razão. Tudo deve ser dito em silêncio.
Quais adoradores devemos matar? Devemos perdoá-los? Por negarem o Absoluto? Ou tudo que é o tempo não é mais? Somos ainda os mesmos adoradores, os sacrílegos.
Numa noite fétida estarei num outro mar, cercado de velhas tempestades. A lua é merecedora deste castigo. E nós, infantes, mordazes, somos os destruidores.
É fácil montar uma cabana, tornar-se uma aldeia, e esquecer dos delírios da cidade. Mas, são todos, ainda, meros ladrões de corpos. Armados como bons cidadãos que são. E a palavra bela é um escarro no lixo. Um pouco de vintém não faz mal a ninguém.
Vamos voltar ao topázio, aos rubis, às safiras. Riquezas plenas e servidoras de todos os valores bons. Tal como os versos querem. Em tudo está o fim, os dias esquecidos. Vamos dar ao tributo o palco dos ferozes, dos cristãos enjaulados. O Livro, pois, foi queimado. E a História é como uma fábula, que não resiste ao imponderável.
O eterno sorriso se faz com arte, não há histéricos ou loucos. A piedade não nos leva daqui. O destino foi desacreditado. A beatitude é apenas uma conversa. O que se fazem mesmo, são fuzis. Os ídolos maiores! Verso barulhento! Como o horror deve ser. Depois, tudo volta ao normal. Que a paz não nos deixe! Ritmo que não existe mais. Desafio que foi questionado, que foi negado. Tomada de febre, rendida.
Vamos nós! Derrubar os castelos das bruxas. Os vinhos dos desertores. Para nascermos em outra barbárie, curados de todo tédio, de toda herança. Como os eremitas. Recebendo tal fartura, a comida que nos falta. Para então, recuperar o sabor do universo.
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