Completo serei com o sentido da vida
existência fluida que completa o idílio
sou peça do mundo um pouco cronista
do mesmo mistério em que povoo o delírio
Sou o índio o menino e o autor da poesia
uma estrela cansada na queda do ser
um poeta desesperado no tempo do ver
aqui eu canto profundo o canto do dia
Eu levo a canção para onde o magma explode
vou angariando votos múltiplos de orgia
sábio numa delícia de vida onde o poema é minha sorte
miríades exatas de um poema de sabedoria
Não atinjo o cume da palavra
palavra é o que eu quero
palavra destemida onde há verso
palavra escrita e lida onde há morada
Desde então tenho o poder da letra
a letra infinita e o tempo infinito
a letra que é um cometa
para o sol do vivido
Somos então poetas e visionários
assuntos diversos da pena louca
imagem solta
de um poeta e seus dicionários
10/01/2009 Gustavo Bastos
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