Olha aqui, no peito que bate,
entre a ferrugem e o diamante,
o que viverá e o que morrerá.
Nos ciclos, na guerra,
o que a arte peleja,
contra a armada
e os contrafortes,
um tiro na noite,
um estalo na madrugada,
o canto da manhã.
Resta à liberdade, este vinho canoro,
tecer sua caminhada, impassível,
ignorando o estulto, gratuito,
anêmico de essência, de estudo,
e açodado, ansioso, dando pitacos
anódinos diante da flor da máquina
que calcula, parecendo até ardil,
a flâmula aberta de sangue.
E vem as vitórias, como na carne
pronta, e o corpo viril,
enfrentando pelotões
e montando seus
jardins de begônias
e flamboyants.
Um poeta que anelou seu
sucesso sem sucumbir
na profunda noite
do suicídio.
17/05/2024 Gustavo Bastos
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