Se aquietou a ideia da viração, dos loucos anos
da inspiração dos festivais, como era a dança
nas horas de manhãs cantantes, e o balanço
em que se dava a música, no vinho e no LSD,
e se abria o mural de cores firmes.
Este novo sinal dos tempos, das batidas do coração,
abre o caminho da poesia como era nas saturnais,
a liberdade dos seres, a quebra do ritmo definido,
um sopro de vida, no vento mais que radical
da arte, de uma arte final, inaugural, intempestiva,
nestes grandes murais, em verbos intransitivos.
Faz-se toda a nave, de mar aberto, pelo esplendor
que agora vigora, tem este canto de estrela,
como a vida em um cometa, de todo
quasar que se perde em galáxias nuas,
pela Plêiade clássica, na ode que vira a noite
e veste logo a aurora de uma supernova.
Em alto grau, o sol mais luzidio, de sua
chama azul e laranja, canta seu arrebol.
Toda esta melodia, dos rios tontos
de riso, em lagoas plenas de amor,
faz com que o riacho cante seus encantados,
em doce poema que cai da catarata,
quando vai o batismo me amar a lira
como um poeta cósmico,
no baile do mar.
17/05/2024
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