No fundo das coisas
o reto poema brota.
Na calada da noite,
por detrás da moita,
o néscio aguarda
o bote, em vão.
Vem toda aquela
patota mesquinha,
de doer os ouvidos
os estalidos, as revoltas
infantis, o parque
medíocre dos idiotas.
Fato consumado,
o massacre.
As notícias repetem :
massacre.
No passo dos viventes
diante da morte,
toda a face do medo,
do desespero.
Veja como a máquina
do mundo evolui!
Me envolve a nova
estrela, meu quasar,
o dia em que fui
para Andrômeda.
Nas leis da vida,
quem não espera,
desespera.
E quem sabe da hora,
na hora acerta.
Os dias estão diferentes,
estão mudados.
A metamorfose
do cosmos,
da vida poética,
vem caindo
aos versos,
e no encanto
canta belo bela
melodia, modula
o metro, tal canoro
canto dos poetas.
19/04/2024 Gustavo Bastos
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