Sei, digo, assim me foi revelado.
Este poema é uma esgrima,
um tiroteio, um canhão,
uma bomba.
Este poema é uma flor,
uma senda, um rio,
um mar.
Sei, isto me foi ditado na noite,
sim, eu sei isto, me foi soprado
pela manhã.
Este poema é um propósito,
um salto mortal.
Este poema é um lírio,
é um delírio.
Este poema é sensato,
este poema é louco.
Ah, muito sei disto,
este poema bobo,
este poema esperto,
que nem Camões ou Pessoa,
Baudelaire ou Rimbaud.
Este poema é o caos.
Meu canto, minha estrela,
este poema que fiz.
18/04/2024 Gustavo Bastos
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