O trajeto se estende pela planície.
Esta rota longínqua, longa.
Hoje escrevo a platitude
de meu poema na ira
de marte e nos dons
de saturno.
Alvíssara, como na noite estrelada
deu para ver uma estrela cadente,
a abóbada limpa do interior,
este paraíso da estrada sem fim,
da noite eterna em que
a cantoria em volta do fogo
sempre foi de visões
ancestrais, num bruxulear
final que o magma
da vida aspirou,
o peito cheio de amor,
e os olhos alegres,
na prata que estalava
nos dedos.
06/10/2023 Gustavo Bastos
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