Estão à toda com a caveira e a milícia,
se tem banho de sangue e vende-se plasma.
Da pá virada, o loucão assunta na noite
e fica que nem cão tarado na pista.
Vem veloz a morte, encomendada,
planejada, é a arte do ardil em seu opus.
Pois, uma camarilha acompanha o chefão,
e o tribunal é capital, cortem-lhes a cabeça,
já dizia a cúpula, estalando os dedos
e bebendo uísque.
Na festa dos peraltas, trajados
com apuro de almofadinhas,
o colarinho cheira a coca,
e os olhos na mira e o bico
de pato da arrogância,
sem o céu da boca.
É uma noite louca,
dos eleitos e danados,
da elite tonta de champanhe.
Assim o sangue é mais doce
qual plasma, de lá, no lado
da guerra, o sangue é amargo.
Lá, o sangue é gratuito,
não se vende, pois a morte
é comprada, a preço caro.
06/10/2023 Gustavo Bastos
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