Se canso na estrada, a língua seca
e o peito oprimido, na vila sem vintém,
a cara no chapisco, como um indigente,
não esmoreço, o osso duro de roer,
o muque de tomar à frente da ribalta,
e o pensamento que não hesita,
não desliza, não titubeia,
decide.
Pois o poema resiste,
a força aberta,
a medida do tempo
e seu intento,
com cada camada
de verso.
Bom, o viajante desnuda
a paisagem,
crê no sol
e na praia,
viaja bem longe,
ao fim da enseada,
com o sorriso
na face alegre,
tal o palhaço
da feira e o
acrobata
do mar.
20/03/2023 Gustavo Bastos
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