O frêmito que urge do frio
e do gelo, na noite que funda
e avança no canto boêmio,
este é o poema mais
azul do zênite
em que se supera
o nadir,
do auge que comemora
brumoso o brilho
de seu orvalho
e o estalo
no peito
que ama,
assim vai a belonave,
e os violetas que
encantam
os girassóis,
o vermelho
que escarlate
manda o verso
na escala quente
do pincel,
não tem noite
mais noiteira,
após a esbórnia,
que não tenha
as cores frias
de um azulado
paranormal
e misterioso
em águas-furtadas,
em colunatas
rijas, e que
a anedota dos
anacoretas
elencam
nas
meditações
ascetas,
faz o poeta
a sua ascese,
numa lua
abscôndita
de sua
loucura,
como um rei
doido
e o hino
imaginário
de seu
épico.
05/10/2022 Gustavo Bastos
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