PEDRA FILOSOFAL

"Em vez de pensar que cada dia que passa é menos um dia na sua vida, pense que foi mais um dia vivido." (Gustavo Bastos)

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

NOITE DO ZÊNITE

O frêmito que urge do frio

e do gelo, na noite que funda

e avança no canto boêmio,

este é o poema mais

azul do zênite

em que se supera

o nadir,


do auge que comemora

brumoso o brilho

de seu orvalho 

e o estalo 

no peito

que ama,


assim vai a belonave,

e os violetas que 

encantam

os girassóis,


o vermelho

que escarlate

manda o verso

na escala quente

do pincel,


não tem noite

mais noiteira, 

após a esbórnia,

que não tenha

as cores frias

de um azulado

paranormal

e misterioso

em águas-furtadas,

em colunatas

rijas, e que 

a anedota dos

anacoretas

elencam

nas 

meditações

ascetas,


faz o poeta

a sua ascese,

numa lua

abscôndita

de sua 

loucura,

como um rei

doido

e o hino

imaginário

de seu

épico. 


05/10/2022 Gustavo Bastos 


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