Sobrevive em Alicante,
ferve em Berlim,
faz casa no Vêneto,
um certo cais em Mônaco,
um vinhedo de Bordeaux,
os ares áridos do Saara,
corsários de Mogadíscio,
toda a patota romana
e napolitana, um bruto
de trás-os-montes
em realejo de Alentejo,
porém, sucede
em Planaltina,
em Teresina,
no frio de Gramado,
em uma barafunda
na Paulista,
em pistas
de Copacabana,
que os poetas
querem enumerar
bobagens para
falar conhecer
meio mundo,
um mongol,
um sechuanês,
o silêncio tibetano,
um cão russo
em São Petersburgo,
castelos na Bavária,
fez este poema rico,
o mundo é grande,
não cabe de fazer
destes poemas
apenas um grão
de areia, mas
a enseada inteira,
de todos os continentes.
25/08/2022 Gustavo Bastos
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