Na vala paralítica a mordedura
é uma ânsia vazia, os ossos
estalam de desespero,
como um ar mortiço
que invade e mofa,
a dor atravanca
e o miasma
é denso,
corrói
o tempo,
de um tempo
perdido
em funda
banalidade,
como se
a morte
já estivesse
com todo
o cheiro
de cadáver
da mentira
e de todas
as profanações,
blasfemam cegos
e famintos
os infernos
e seus
degredados.
25/08/2022 Gustavo Bastos
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