O tuareg junta seus badulaques,
a noite fria do deserto
e acima a lua cheia
iluminando a areia,
parecia um tapete azulado
e os pés descalços enquanto
um dromedário sentava
sobre as próprias pernas
exaustas, uma tenda
de beduínos logo ali
estampava em meio
ao nada o quente
saara que viria
da aurora,
deste raio de sol
o tuareg derrama
água salobra
na garganta,
e seu cancioneiro
o acompanhava,
uma ladainha
que era um eterno
melisma que ecoava
neste infindo
vão de areia
e vento.
15/07/2022 Gustavo Bastos
Nenhum comentário:
Postar um comentário