Zurra o burro
com seu cavalete
em riste, uma bruma
o pega desprevenido,
o burro zurra
e tenta dar coices,
é um mequetrefe
que bambeia,
aparvalhado
em seu canto
de néscio,
ele tenta
ensaiar
um poema,
em vão,
sequer
nasce
um conto,
é dá pá virada
seu dito,
um pseudo-sábio
lhe dá um sabão,
banca o maioral,
sem massas
ou público,
o burro zurra
a sua falta
de astúcia,
e borra
as suas botas
na lama.
01/06/2022 Gustavo Bastos
Nenhum comentário:
Postar um comentário