Venta em meu solo, eu leio
o livro branco, um meio tom
de cada luz se insinua,
o poema é reto, vem
de mote e chiste.
Quando a vinha eclode,
toda a não-contradição
se esboroa,
e um silogismo
de um organon
bate e volta
em seu
estalo,
eu estava louco,
a alegria
parecia
a nau
dos insensatos.
O dia, depois de
quebrar a regra
de ouro
de um
canto
indócil,
rompeu
o amargor,
por fim.
Faz de conta
que um poema
faz sentido,
pois não
se funda
em penumbra,
busca a si
mesmo,
na palavra
iluminada.
01/06/2022 Gustavo Bastos
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