A casa amuada sob os destroços,
eu ia a Belém ver os nenúfares
de certa benzedeira, cada karma
em sua mão de fada.
Ela, toda empertigada,
no valão de seu barraco,
a benzedeira fez "meu filho"
você está carregado,
guarda esta sua
mochila aqui.
Vi, venci todas as quedas,
os corações batem
nesta areia preta
e monazítica,
meu peito prorrompe
cálido o estertor
da guerra.
31/05/2021 Gustavo Bastos
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