Os dias das delícias
se experimentam
neste hino ateniense,
de pensar em seu corpus hermeticus
e toda a enciclopédia viajada
em que o leitmotiv
do saber é que
toda ideia
deve ser provada,
rente ao coração do mundo
está o perigo, o fundo
da alma na qual se perdem
os enigmas, o lugar
em que o onírico
afoga os olhos
em Morfeu,
meu ópio é o desarranjo
de minha razão, a loucura
pacífica que vibra
álacre como a mística
da poesia,
as delícias, deste vinho
possesso, derrama e transborda
a alma na floração,
e o sol é a visão.
30/10/2020 Gustavo Bastos
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