Atenazado o corpo foge de uma
alma desesperada,
consulto maria molambo
com um olho de astúcia
nos movimentos
das ondas,
passo ao fundo do ritual,
a pombajira me tem como
um abscôndito poeta
de livramentos,
um bissexto elegíaco
que morre de tísica
como um troglodita
das quedas das cascatas,
oh meu olho & meu absinto,
labirinto de odres cheios,
o karma & o corpo barrento,
bebo com um tonto de farda,
bebo com mais um de chapéu,
bebo o horizonte
dos mortos
como defumações
atávicas
de um totem
tribal,
ou ainda o corpo original
da horda,
atenazada a alma
se encontra
inteiriça,
rompe então
os grilhões
da loucura,
e qual borboleta
dá um salto
geométrico
de círculo
com gramatura
sólida
de um mensageiro
em monólitos
e granitos,
eu que sou este que vê,
eu que sou este que ouve,
tenho a sinestesia
própria aos loucos,
e danço na presença
da horda
o canto primal
dos trogloditas,
o corpo volta, no entanto,
e a alma inteira se
quer como estrela.
09/11/2017 Gustavo Bastos
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
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