Que o quarto é uma batalha campal
isto não é novo,
tenho pilhas de cadernos idiotas,
monturos de papel aziago,
e livros que marcham
estupefatos para
a minha insciência.
Lota-se o quadro todo lusco-fusco,
e diante da luminária
um agudo luzidio e tenebroso
chamuscado de curto-circuito,
meu choque gutural
antes da densa
madrugada,
então tenho mesmo que antever
certas cascatas,
noites insones,
gases tóxicos,
manhãs ociosas.
Tenho que correr a mão na hora
do horror total
que são minhas
canções
dentro
da masmorra,
e o quarto é somente
silêncio à meia-noite.
09/11/2017 Gustavo Bastos
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
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