E o fervilhar apoplético
me ensina na dura carne
sua lição de pedra,
eu babo e me lambuzo de mel,
eu que sou o átimo que pulula
com ventre e geofísica
das danças,
certo o ponto e o eixo,
o corpo se volta à altitude,
com um corpo todo arte,
com um corpo que é vinho,
é o eixo em que a força motriz
movimenta sua mecânica
de canto abissal,
é o poeta que azeita
as curvas da máquina
como um bufão,
eu bebo e me molho de mar,
uma saraivada de poetas
invade o balneário,
e eu ataco como um gavião
os seres pequenos de luz
que surgiam nesta noite
das fadas,
mando ao púlpito o que me livra
de mais uma lição de pedra,
esta que agora não rola
e se porta aziaga,
quero uma porta astral
para meus abismos,
sem pedra que fecha o templo,
sem lições pútridas
que já não fazem
sol.
09/11/2017 Gustavo Bastos
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
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