No seio da terra desfralda a bandeira
da conquista desta parte vermelha de barro,
que no cais supremo a alma balouça,
que na ânsia dos ais mais sinistros
cai de concha em acústica de frio,
e o mar sussurra entre os rios.
Flecha, deste segredo poderoso,
que ao longe porto semeia
os vácuos de que o ar é pródigo,
sedentos poemas que sal sucumbe
ao porvir que seca ao sol.
Veios que sulcam a febre fabril
que nos ósculos das goivas
fazem faces esbeltas
de cores psicodélicas,
de saltos ornamentais
na rupestre erudição
de palimpsestos.
Se o poema lhes traz facécia
e paixão burlesca,
sintam que do coração em surto
os versos desenham
sóis de abismo
no ventre
do universo.
03/09/2017 Gustavo Bastos
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