Os pequenos meninos comem carvão
e exibem seus muques,
cenas em excrementos
são atrozes
e brigões.
Funda cloaca das almas de rua,
que sóis vinhateiros
com ancas e fundas
canções,
certas azáfamas
de fúria surda
e miasmas astrais,
sentidos em devaneio
na noite aérea,
flashes estroboscópicos
como chás psicodélicos
das bandas de rock,
eis que o noturno poeta,
boêmio e espirituoso,
dava solavancos com
suas métricas
de potente soldado,
de militar esperando
trôpego suas canções
bêbadas eclodirem
em vastos licores
delirantes.
Na rua, com os odores da luxúria,
as canções ritmadas tinham
matizes de sonho
e acústicas de êxtase,
pois na silente desídia
dos licores
morava a metafísica
dos cantores de cabaré,
dos festeiros monumentais,
dos profetas roucos
de gritar abismos,
das feras buriladas
na cal das doenças
e síndromes carnais,
dos cânceres solares
nos pólos gélidos
da música,
pois, na rua a selva era mortífera,
como um grande canal
de rio lutuoso
com Hades
como supremo
assassino.
09/09/2017 Gustavo Bastos
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